15.12.09

recitalinho

Sexta Feira, no evento dos RUIS, campo grande,
vou fazer um mini-recital de poesia "de minha autoria".
às 21.30 ou 22h (quejá não sei bem)

Poemas do Livro Inédito: "Escavações Arbitrárias".

A seguir há concerto dos "Presidente Drógado" YEH!

Apareçam!

10.12.09

inauguração sábado 12, Braço de Prata



Inauguração da exposição, com muita animação.
Aparecei!!

6.12.09

feira laica






A Feira Laica, organizada pelo Feitor, O Lemos, e outros gajos, vai estar de novo activa, na Fábrica do Braço de Prata.

Apareçam!

antónio sérgio





faleceu antónio sérgio, o radialista, (que o ensaísta das notas de cinco contos já tinha marchado à mais tempo). fica aqui a minha modesta homenagem.
Os seus programas de rádio fizeram parte da minha adolescência, principalmente "o lança chamas" e o "som da frente". Ultimamente também ouvia, muito de vez em quando "a hora do lobo", e "viriato25" de que estranhava o nome comó caraças.

enfim. fica aqui uma mini homenagem. (só soube hoje, por acaso, mas enfim, isso não é o que importa).

2.12.09

outra vez nas bancas

Olá amiguinhos, a foto abaixo enche a minha família de orgulho e alegria. São os meus livrinhos bons para dar à família no natalixo.

beijinhos, e não mexam muito no pipi. no vosso e dos outros(as). deus tem inveja que mexam no pipi.

ah!, a foto (fotografia, vá...) abaixo, é de um escaparate na fenaque do chiado.







30.11.09

exposição RUI

No sábado foi a inauguração da exposição do colectivo RUI.
Num belíssimo palaceto ali no campo grande.
Adorei as performances e as obras de arte que aquela malta expôs.
Temos artistas!... Uma exposição muito fixe.
daqui a duas semanas vai haver mais uns concertos e vou dizer uns poemicos meus.



O Movimento de Artistas Românticos Utópicos Ingénuos Selvagens – R.U.I.S. – apresenta a sua primeira exposição em Lisboa,
no Campo Grande nº 185,
de 28 de Novembro a 18 de Dezembro de 2009.



Ana Menezes, Ana Teresa Maga, José Mendonça, Patrícia Caldeira



Horário: Terça a Sábado, das 13h às 19h.
Local: 185, Campo Grande, 1700 Lisboa.
Transportes: metro Campo Grande ou Cidade Universitária; autocarros 7, 36, 701, 750, 767.
(Ao lado do Horto do Campo Grande)



Exposição de artes plásticas, vídeo, performance, tertúlia e concertos.
Todos os Sábados às 21.30h haverá performance 4 mulheres e concertos Love Songsz e Trash Nymph.
Encerramento dia 18 de Dezembro com lançamento do Fanzine R.U.I.S. e concerto com Presidente Drogado e Marciana Verde às 22h.


Esta exposição conta com o apoio da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Viborel, Associação Bomba Suicida, Geraldine, Câmara Municipal de Lisboa, Securitas e Atelier Mike Goes West.

21.11.09

os ossos sombrios






poliedro, esquadro e melancolia
os ossos tornaram-se úmbricos
húmidos de existência e esgar

um labirinto já adulto
recordação de infância batida
planície já muito cansada
e um comboio de pedras

torres de babel
espiral de fumo branco
animal mitológico acorrentado
depois do depois, mais além,
ave de rapina no plenilúnio
o jardim respira noite

uma flor nefelibata
o céu sarampo de estrelas
a mão sonha quando escreve
reflexo como no metal
os olhos cor-de-morte

um pequeno lago onde rãs
corria feliz por entre o nada
com os ossos sombrios

12.9.09

caixa negra do absurdo

nascimentos grandes ferros
as pessoas quando sofrem
energias más, signos, suicídios
caminhos de ferro na noite

olhos cheios de monstros
uma revolta surda-muda
sonhar que temos asas, voamos
as ondas reflexos luzinhas
e um avião de passageiros despenhado

o exercício do medo prossegue
a resistência psíquica cede
a imaginação viaja cordilheiras
as estradas vão para longe

o caminho não é por aqui
o caminho ainda não existe
a caixa negra do absurdo

uma última paragem de autocarro
um balde cheio de doenças
m aquário onde os moribundos
caminhos podres, espectrais
e uma fechadura secreta.

6.8.09

o escriba escrito





irrealismo crónico e profundo

textos todos riscados

aqui e ali uma palavra

espreitando através do naufrágio

inoculado de ódio


cérebro raiz de gelatina

por vezes nada se aproveita

a paisagem a enferrujar indefinida

ao longe disparos desconvictos

e ao perto a radiação


o sangue nos seus circuitos

os pássaros com vertigens

mais palavras riscadas

uma palavra a espreitar

o arame farpado de rasurados

é a génese do não-nascer


as palavras são muito pequenas

as letras, essas, minhocas

um verme humano portanto

a secretar segredos

e a debater-se na escuridão

28.6.09

o coração do meu avô
duas folhas de celofane
ensanguentadas

18.6.09

convite

Convidam -se todos as pessoas do mundo
a aparecerem no dia 13 de Julho, segunda feira,
às 20horas, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul
para uma apresentação oficial dos textos
produzidos e entrega dos diplomas
dos participantes do curso de escrita criativa
"construir a narrativa" ministrado pelo escritor
João Rafael Dionísio

12.5.09

anjo nítrico








o esqueleto das asas
nuvem com agulha de anestesia
aves metalúrgicas em estilhaços
uma criança morta pela mãe

arquitectura de cornijas criminosas
ecos de um cão fantasma
eu a voar por entre os telhados
esgares em voos venenosos
os ossos das asas esticados

capitel coríntio com caveiras
o inferno são os outros
um jardim erótico de canibalismo
frenesim inquieto e aracnóide
a personificação etrusca da morte
o fervilhar bactérias da cidade

um reptilíneo combate
torres de vigilância, o sol,
algures muito depois, o jardim
máscara da primeira guerra
um biblioteca cheia de raiva
e o paraíso ao virar da esquina

19.4.09

depósito de aluvião

mexo-me sem ossos, cidade líquida
a corda das nuvens amarra o céu
um gato a olhar para a lareira
sou forçado a ter que falar

carapaça de quitina, é um insecto
paisagem lunar submarina
nesta lâmina lê-se o futuro
uma pessoa completamente labirintos
as flores mortas sobre a mesa
e os pés enterrados no chão

o azimute de não estar aqui
linhas difusas no nevoeiro
as paredes a sussurrarem-me
o corpo sangrado de electricidade
um ar condicionado ao longe
uma pessoa que não nasceu

vivo dentro de um funil
musgo-me nas árvores,
bidões nos baldios, trilhos,
um deus a devorar uma criança
e as pepitas da anarquia a luzirem

13.4.09

CURSOS DE ESCRITA CRIATIVA


(8 aulas de 2,5 horas= 20 horas)
Segundas-feiras
das 19.30-22h.
120 não sócios
100 sócios

4 ,11, 18, 25 Maio
1, 8, 15, 22, Junho)



Filosofia deste Curso

O género narrativo, nomeadamente o Romance, é o género literário mais prestigiado desde o século XIX.
Este é um curso especial dedicado a elaborar um texto mais vasto Um texto do género narrativo. Os exercícios desenvolvem-se por módulos. Esses módulos são independentes mas com uma certa continuidade. O objectivo é construir um texto com alguma amplitude. Fazendo uma montagem gradual dos módulos de texto que vão sendo desenvolvidos na aula. Os módulos seguem uma estrutura que se baseia nas principais categorias da narrativa.




Objectivos do Curso:

· Melhorar a expressão escrita.
· Exprimir o mundo interior.
· Desenvolver capacidades narrativas.
· Ganhar capacidades ao nível da construção de uma estória.
· Aventurar-se a escrever com algum nível de complexidade.
· Tomar consciência das especificidades e estruturas narrativas.
· Montar um texto por partes articuladas que faz um todo maior.
A quem se destina:

A todos os que tenham interesse em desenvolver processos criativos no âmbito da palavra escrita, tanto numa perspectiva de desenvolvimento pessoal como na perspectiva de quem aspira a construir uma obra narrativa de algum fôlego.

Modo de funcionamento:

As aulas funcionam com breves exposições teóricas sobre vários temas narratológicos seguidos da apresentação de enunciados e da sua resolução e discussão.

Apresentação Final dos Trabalhos

Será feita uma apresentação final dos trabalhos efectuados ao longo do curso, numa sessão extra para o público nas instalações da Sociedade. Em data a determinar no princípio de Julho.
Será dado um certificado.

8.3.09

mandíbula





altas e baixas pressões
palavras, espirais, labirintos,
a cratera enquanto obra de arte
círculos, árvores cubistas
um tronco encalhado na areia
gaivota a imitar esfinge

talude com raiva tectónica
símbolos, civilizações, barómetros,
a ciência da inobjectividade
a morder-se no dorso
céu caixa torácica
mil reflexos no mar
a luz, a luz, a luz

labirinto antes do labirinto
havia ali uma passagem
as vozes que falam ao longe
era numa subida, acho eu,
a pulsação do sangue
passeio pelas falésias frustradas
e o sol a debater-se
com o horizonte

6.2.09

CURSO DE ESCRITA CRIATIVA






Associação Chili Com Carne
R. dos Fanqueiros, 174, 1ºEsquerdo)
Curso/Workshop/Oficina/ Atelier
de Escrita Criativa
Pró-Primavera de 2009
por joão rafael dionísio
(9 aulas de 2 horas= 18 horas)
Quintas-feiras das 19.30 às 21.30
(de 26 de fevereiro a 23 de abril)
100 euricos


Filosofia deste Curso

O género narrativo, nomeadamente o Romance, é o género literário mais prestigiado desde o século XIX. Este é um curso especial dedicado a elaborar um texto mais vasto Um texto do género narrativo. Os exercícios desenvolvem-se por módulos. Esses módulos são independentes mas com uma certa continuidade. O objectivo é construir um texto com alguma amplitude. Fazendo uma montagem gradual dos módulos de texto que vão sendo desenvolvidos na aula.

Objectivos do Curso:

• Melhorar a expressão escrita.
• Exprimir o mundo interior.
• Desenvolver capacidades narrativas.
• Ganhar capacidades ao nível da construção de uma estória.
• Aventurar-se a escrever com algum nível de complexidade.
• Tomar consciência das especificidades e estruturas narrativas.
• Montar um texto por partes articuladas que faz um todo maior.

A quem se destina:

A todos os que tenham interesse em desenvolver processos criativos no âmbito da palavra escrita, tanto numa perspectiva de desenvolvimento pessoal como na perspectiva de quem aspira a construir uma obra narrativa de algum fôlego.

Modo de funcionamento:

As aulas funcionam com breves exposições teóricas sobre vários temas seguidos da apresentação de enunciados e da sua resolução e discussão.

18.1.09

um embrião a sonhar









ainda não nasci

rede de veias em redor

estrada deserta com solitude

a dissolução dos pensamentos

árvore fluída a desabrochar

tem sido difícil até aqui

duas tintas, duas escritas

vitelo desmanchado em quartos

um arco-íris perfeito em semi-círculo

um projecto que nunca se realizará

as dúvidas são como as bactérias

há planícies onde se envelhece muito

uma máquina de metal com dentes

o sol a pôr-se ridículo e fatalista

o destino é um escaravelho

e outros disparates românticos

alguma coisa a desfazer-se no horizonte

maré vazia, conchas nocturnas

os cavalos no jogo do xadrez

um gato a dormir ao sol

não cheguei a nascer


5.1.09

em vez da ode marítima















instabilidade emocional

a vida na plataforma continental

os microrganismos na água

uma casa inundada de algas

peixes a olharem cheios de terror

cardumes de pensamentos afogados

dormir no azul da prússia

com cabelos de mitocôndria

cinco dedos folhas de cada pé

uma pessoa a cair no chão

os ventrículos de um polvo

animais que vivem da filtragem

absessos de cérebro, cáries neurológicas

um grande tremor da personalidade

barco afundado de outras eras

o sangue transporta sais

fissuras na crosta terrestre

espetar agrafos nas pernas

os limos e outros pulmões

a vida quotidiana é insalubre