14.5.06

nota de imprensa

QUERIDAS AMIGAS E VERMES: peço opinião pela nota de imprensa. Sugestões e indigestões serão extremamente bem vindas


atenção: vai ser solto no Mundo o novo livro de Rafael Dionísio: chama-se LUCRÉCIA.

Nota de Imprensa:
Lucrécia é o novo romance (vanguardista se a palavra não tivesse caído em desuso), de Rafael Dionísio. Trata-se de uma viagem fabulosa, alucinante, aos mundos de uma personagem chamada Lucrécia (tenha ela os nomes que tiver). É uma história inteligente, mordaz, irónica, por vezes emotiva, perturbadora e/ou excessiva. É um livro que destila, para além alcóol, cultura por todas as páginas, num furor e alegria discursiva únicos e absolutamente ímpares na cultura portuguesa.


Excerto:
- julgas que vou arranjar trabalho agora? ano novo vida nova menino. agora estou em férias. foda-se. digo montes de palavrões. há homens que não gostam. fica feio dizer palavrões. – suspira. amachuca o maço de tabaco. chesterfield lights. cofia o cabelo no meio da testa, por cima do amarelo, com o dedo indicador. está a pensar. a sentir-se observada. a sentir-se um bocado animal de laboratório. hoje não está maquilhada. dantes pintava-se muito mais. ainda bem que agora tem menos estuque na cara.

Rafael Dionísio nasceu em 1971 e é autor de uma já bastante razoável produção literária. Publicou recentemente "A Sagrada Família" e "textos mais ou menos poéticos". Além da sua produção literária reparte-se pelo Estudo Crónico e ministrando cursos de Escrita Criativa na "Tuatara Atelier Aberto". Rafael Dionísio é senhor de vastos recursos estilísticos/literários apresentando uma obra com um carácter multi-dimensional e proteico.

8 comentários:

Anónimo disse...

Eu ca fiquei com vontade de o ler.
Beijos
jb

T disse...

Pois eu já li, e um dia destes faço uma crítica muito melhor que esta.

*O Rafa merece.

MMMNNNRRRG disse...

finalmente o blogue está em condições!!!

Anónimo disse...

Critica:

Desculpa lá, pá! A palavra vanguardista remete-me para o passado :(

Anónimo disse...

Lá estarei.

Anónimo disse...

que alivio! já saiu daqui da página fronteira o horror de tinta plástica!

Anónimo disse...

Foi-se o horror plástico, e, assim sendo, concordo com o DJGS... Finalmente o Blogue está em condições!!!

Anónimo disse...

1º resultado em aula, do exercício de escrita automática (60 segundos para escrever palavras sem parar e sem ter o objectivo de fazer sentido...), de um dos muitos exercícios que faço no curso de Escrita-Criativa:

"Lamechíces lamboscadas das palmeiras desgarradas tu que não sabes quem és cheiras e não me vês será árvore ou tema será vento ou soneto do teu lema quem me chama não ouve por mim quem me ama não vê o fim"

(Era suposto ter escrito palavras soltas sem fazer frases nem sentido. Repeti o exercício e saiu como deveria!)

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Outro, muito belo também, que realizámos foi: com um monte (literalmente) de palavras e expressões para cada um (que o prof. previamente recortou de vários sítios ao acaso) e na aula colocou em cima da mesa, tivemos de construir um texto (coloquei cinco vírgulas, dois pontos finais e um travessão mas. há mais pontuação no texto que veio com as palavras recortadas, assina-la-ei - esta última - com tamanho maior):



"Numa voz, a flexa inexorável tem uma capacidade espantosa na beleza selvagem do caos.



Apesar dos sinais de um mundo, uma matemática de origemdivina renasceu das cinzas de tal forma que, Quem não o desejar, de modo nenhum, priveligia a irreversibilidade do tempo num certo representar de um modo à maneira dos antigos.





Há as que ficam no meio de duas partículas desde a gravidade multiformes e flutuantes, todos os sinais amplos e diversificados mitos de regresso, sobre a língua lembrei-me três copos, o meu escritório - anéis do planeta."


Resultado giro, hein?! E esta hein?
Cumprimentos,
Dimares